Gozando com os mais velhinhos - parte XXIV

A minha querida e frágil avózinha está cada vez mais burra.
Apercebi-me disto hoje, ao passarmos de carro junto ao Colombo. Não sendo(nem de perto) a primeira vez que passamos ali e tendo em conta que a localização do (glorioso) Estádio da Luz não tem mudado assim tão consideravelmente nos últimos tempos, porque é que ela hoje se lembrou de perguntar "isto é o Amoreiras?". "Sim, 'vóvó(é assim que lhe chamo porque parece-me mais querido, mas, ao mesmo tempo, depreciativo) aquilo ali ao pé do Estádio da Luz e na zona de Benfica, hoje, mas só hoje, é o Amoreiras."
Isto leva-me a recordar algo que a minha avó disse já há umas semanas. Embora seja um tema, completamente diferente, o nível de sagacidade demonstrado por este espécime de um humano idoso é o mesmo.
Há cerca de duas, três semanas, vi uma reportagem na TVI sobre um estudo que revelava que o povo Português é o "mais dado" a aventuras amorosas fortuitas e relações sexuais a três. Para meu desgosto, a minha avó encontrava-se ao meu lado a almoçar. Era de certo esperado um comentário depreciativo, mas o que veio a seguir foi um choque tremendo: a minha avó, ao ouvir falar de sexo a três, disse com ar de desgosto, "é o fim do Mundo!"
Pois é. Qual bomba nuclear, qual camada do Ozono, o que vai destruir o nosso planeta é o sexo a três!
Só digo que nunca na minha vida fiz um esforço tão grande para não rir e, ao mesmo tempo, poucas vezes em toda a minha vida me ri tanto.
Mas, o melhor ainda estava para vir. Poucos minutos depois, esta eloquente pensionista tinha mais a acrescentar sobre a existência do ser humano, mas, desta vez, algo muito mais importante: "Vocês cuidem muito bem dos vossos dentes porque são a melhor coisa que vocês têm!"
Adoro esta passagem de tema, digna de um dos melhores DJs do Mundo. Sexo fim do Mundo, dentes a melhor coisa do Mundo. Portanto, deixem ver se percebi, sexo a três está a destruir a humanidade e os nossos dentes são a única que nos podem salvar?
Quer dizer, os dentes até são importantes, mas mais que os olhos? Chamem-me louco, mas eu preferia ser desdentado a cego.