Momento cultural de poesia II
A Água
Meus senhores eu sou a água
Que lava a cara e lava os olhos
Que lava a rata e os entrefolhos
Que rega a nabiça e os agriões
Que lava a piça e os colhões
Que lava as damas e o que está vago
Pois lava as mamas e por onde cago
Meus senhores aqui está a água
Que rega a salsa e o rabanete
Que lava a língua a quem faz minete
Lava chibo mesmo de rasca
Tira o cheiro de bacalhau de lasca
Que bebe o homem que bebe o cão
Que lava a cona e o berbigão
Meus senhores aqui está a água
Que rega os alhos e os grelinhos
Que lava a cona e os paninhos
Que lava o sangue de grandes lutas
Que lava sérias, que lava putas
Apaga lume e o borralho
E que lava as guelras ao caralho
Meus senhores aqui está a água
Que rega as rosas e os manjericos
Que lava o bidé e lava penicos
Tira o sebinho das algibeiras
Dá de beber ás fressureiras
Lava a tromba a qualquer fantoche
E lava a boca depois do broche
in: um livro qualquer, penso que de Bocage
5 Comment:
opá, inté me trouxestes as lagrímas aos olhios, pá... Prontos, és ium géniu da litratura... forssa!!!!!
tks pelo comment, tive conhecimento do blog através do chupa-mos.com, e gostei bastante, pq m identifico um pouco com o vosso humor. Keep it up!
FDX............
NASCESTE PÁ POESIA......
Ahmmm... Eu queria comentar, só para ser simpática... Mas depois de muito pensar, continuo sem conseguir dizer nada... Acho que estou petrificada com esta "maravilha" do Bocage, lolol!
Isto já conta como um comentário?
Jinhuz*
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